28 janeiro 2006

Entrevista #4 - Eduardo Omine


Quarta entrevista do Tipograficamente confirmada. Eduardo Omine. Em fevereiro.

19 janeiro 2006

Testando

Uma ferramente muito útil na hora de pré-visualizar como as fontes escolhidas para um determinado projeto funcionam na tela de computador.

O Typetester apresenta as fontes 'default' do Windows e do Mac, e ainda reconhece as fontes que estão instaladas no HD da sua máquina. Várias opções de configuração para testes deixam o designer mais seguro na hora de optar por essa ou aquela fonte, economizando tempo e surpresas desagradáveis.

Vale adicionar o link nos 'favoritos'.

12 janeiro 2006

Deu Samba!

Essa fonte foi premiada na categoria 'Display' no International Type Design Contest/2003 da Linotype. Baseada nos letterings do fantástico ilustrador J. Carlos, foi digitalizada pelos irmãos Caio e Tony de Marco - este último é um dos editores da Tupigrafia e dirige a foundry Justintype.

Na edição número 05 da Tupigrafia, uma matéria apresenta alguns dos trabalhos de J. Carlos e, mostra as bases da pesquisa visual que acabou resultando no surgimento dessa bela família tipográfica. E mais que isso, mostrou que podemos fazer 'Arqueologia Tipográfica' nos arquivos históricos brasileiros.

Ontem a Linotype divulgou a sua lista com as melhores do ano de 2005 e, deu Samba novamente! A fonte - Samba - está entre as 20 melhores na categoria: Casual Fonts.

Entrevista com Hugo d'Alte

Mais uma participação portuguesa no Tipograficamente. Dessa vez é o meu caríssimo Hugo d´Alte que nos revela a sua visão pessoal sobre temas que contornam o desenho das letras, e nos mostra as suas mais recentes produções - em primeira mão, já que duas delas ainda não foram lançadas - tipográficas.

Respostas originalmente em português, de Portugal!

TPG - Como foi sua aproximação com a tipografia? Essa matéria foi abordada na ESAD/ Portugal (Escola Superior de Artes e Design)?
HD - Em primeiro lugar gostava de expressar a minha discordância em relação à maneira como o termo "tipografia" é normalmente utilizado. "Tipografia" é a organização de elementos tipográficos no espaço (ou como diz o Gerrit Noordzij: é escrita com letras pré-fabricadas); o nosso assunto é o desenho (não "design" que é um termo inglês) de tipos de letra (a falta de nome melhor).

Na ESAD (Escola Superior de Artes e Design) onde estudei, tivemos uma abordagem muito superficial e bastante ingênua por parte dos professores ao tema do desenho de tipos de letra (menos mal ao tema da tipografia).

Quando estava no último ano do curso de Design de Comunicação fui convidado para trabalhar na DROP (www.drop.pt), um pequeno estúdio de design que trabalha, sobretudo com editoras de música e eventos culturais, trabalhei lá cerca de 2 anos. Na altura trabalhava-mos apenas eu e o João Faria (fundador/ director do estúdio), aprendi bastante com ele. Acho que foi das discussões com o João que desenvolvi o meu interesse pela tipografia e desenho de tipos de letra, e também um certo desconforto no facto de os "designers" (ou desenhadores) gráficos aproveitarem o trabalho de outros "designers" (de tipos de letra) para enriquecer o seu, muitas vezes sem respeito por esse trabalho. Afinal de contas quando desenhamos qualquer objecto de comunicação (cartaz, livro, identidade corporativa, etc.) metade do trabalho já foi feito por quem desenhou o tipo de letra escolhido...

TPG - O que o levou a fazer o Mestrado em "Type & Media" na KABK?
HD - Precisamente esse desconforto a que me refiro na pergunta anterior, a impressão de que a minha formação como "designer" estava incompleta e uma crescente necessidade de aprender mais sobre o assunto. Também achava (e continuo a achar) que um "designer" gráfico com educação em tipografia, caligrafia, desenho de tipos é mais responsável e têm mais potencial.

A determinada altura, comecei a procurar pós-graduações em tipografia/desenho de tipos; em Portugal não havia nada. Procurei noutros países europeus com mais tradição no assunto. O curso que me pareceu mais interessante em conteúdo e do ponto de vista econômico era o da KABK (Koninklijke Academie van Beeldende Kunsten - Academia Real de Belas Artes) em Haia na Holanda, na altura não se chamava "Type & Media", era Pós-Graduação em Tipografia e Desenho de Tipos de Letra.

Estive lá dois anos (embora a duração do curso seja normalmente de apenas um) porque queria aprender o máximo que conseguisse. Foi no meio do segundo ano que decidiram mudar o nome para "Type & Media".

TPG - Você fez vários workshops em tipografia. Qual foi a importância disso no seu trabalho como tipógrafo?
HD -
Durante a estadia na Holanda participei de vários workshops e palestras sobre os mais variados assuntos: tipografia, caligrafia, gravação de letras em pedra, "lettering", desenho de tipos de letra. Todos eles foram fundamentais na minha educação. Na metodologia, na maneira de pensar no trabalho, na maneira de desenhar as letras.

TPG - Como surgiu a oportunidade de ser colaborador da Underware? Fale sobre essa experiência.
HD -
Os dois membros fundadores da Underware - Akiem Helmling e Bas Jacobs - estudaram na KABK dois anos antes de eu lá chegar, o Sami Kortemäki que se juntou a eles mais tarde também estudou na KABK, durante um programa de intercâmbio.

O estúdio fica nas traseiras da Academia (numa casa ocupada: um “squat”) onde também morava um dos meus colegas de curso. Conhecia-mo-nos bem, éramos todos amigos. A determinada altura convidaram-me para trabalhar com eles no estúdio. Quando me fui embora (brevemente para Portugal e de seguida para a Finlândia onde vivo agora) não vimos necessidade para continuar a colaboração, mas continuamos amigos. O Sami também vive em Helsinki.

TPG - Em que momento surgiu o projeto "Kaas"? Que tipo de busca caracterizou esse projeto?
HD - A Kaas (originalmente Kaasoufléxblack) foi um projecto que começou em Haia ("Kaas" significa queijo em holandês...). Em 2001 visitamos Leipzig, na Alemanha, para o encontro da Atypi (Association Typographique Internationale); eu sempre gostei de "Blackletters" e na Alemanha encontrei muitas fontes de inspiração, muito mais interessantes do que as que se encontram disponíveis na maioria da editoras tipográficas. De volta a Haia comecei a trabalhar em vários projectos relacionados com o tema, um dos quais foi a Kaas. Tenho muitos outros projectos dessa altura por acabar, se calhar mais interessantes.

Apresentei como projecto final de curso uma família tipográfica destinada a ser utilizada em tipografia editorial (ainda por publicar) juntamente com a Kaas que era um projecto secundário ao qual nunca dei demasiada importância. O incentivo para continuar com esse projecto veio do Jonathan Hoefler que me escreveu (pois tinha visto a Kaas no meu website) e que também têm um interesse especial em "Blackletters".

Fiz alguma pesquisa histórica, visitei muitos antiquários em busca de livros/revistas (sobretudo alemãs dos anos 30-40). Encontrei coisas incríveis, muito inspiradoras. Comecei, no entanto por escrever em "textura" e "fraktur" para compreender as complicadas formas, depois tentei racionalizar, simplificar. E daí nasceu a Kaas.

TPG - A "Kaas" é distribuída pela Thirstype/Village. Como surgiu o convite para ter sua fonte editada por esse coletivo?
HD - Contactei várias editoras pequenas com a proposta de distribuição da Kaas, várias se mostraram interessadas, mas o Chester da Village (a Thirstype é uma marca pertencente a Village) para além de entusiasmado fez uma contra-proposta de ampliar o tipo que me pareceu interessante, redesenhei a Kaas, adicionei muitos caracteres que faltavam, e trabalhamos juntos nas versões Cirílica e Hebraica (que embora não tenham relação com a fonte inspiradora da Kaas, pareceram-nos uma continuação natural para a Kaas.

TPG - Conte sobre sua experiência como palestrante no congresso da ATypI 2005?
HD -
Fui convidado pela organização finlandesa da Atypi-Helsinki 2005 a apresentar uma proposta para falar durante a conferência em Setembro de 2005. O tema era "On the Edge" (alusivo ao facto da Finlândia ser geográfica e culturalmente uma fronteira da Europa a norte e a oeste).

Pareceu-me muito natural falar do meu trabalho e pesquisa nas "Blackletters". O tema foi "Blackletter: On the Edge of Legibility", no limite da legibilidade, porque estes tipos de letra são difíceis de ler e muitas vezes indecifráveis para o leitor actual. Isto porque este tipo de "script" deixou de ser utilizado há uns 500 anos por quase toda gente excepto a Alemanha que até aos anos 40 ainda imprimia livros inteiros em Fraktur, Textura, Schwabacher... Alguns caracteres evoluíram, modificaram-se. Por isso quando desenhamos algo novo é necessário "romanizar" alguns caracteres ou corremos o risco de desenhar um tipo de letra sem utilidade... Durante a minha palestra mostrei a evolução histórica das "blackletters" e a influencia no meu trabalho.

Em relação ao resto da conferência, foi talvez a melhor organizada de todas as conferências da Atypi em que tive a oportunidade de assistir, embora não tenha sido a mais interessante em termos de conteúdo. Foi também a que teve mais assistência lusófona!

TPG - Qual a sua visão pessoal sobre o mercado tipográfico?
HD -
O mercado tipográfico está bastante saturado, existem muitos tipos de pouca qualidade e muitos mais que são completamente desnecessários. A evolução e facilidade de distribuição de software para assistir o designer tipográfico transformam ilusoriamente toda gente em designers tipográficos sem a educação necessária... O que em si não é problema, mas desvaloriza o trabalho dos designers tipográficos e dá a falsa impressão aos consumidores de tipos de letra de que qualquer pessoa o faz facilmente em casa, o que não é verdade; e retira o valor aos que trabalham seriamente em tipos de letra e dependem das vendas para sobreviver...

Acho que se devia refinar de alguma maneira o mercado. Também acho que faz falta esclarecer/educar toda gente desde a mais tenra idade na natureza das letras, a origem... Os designers são menosprezados porque a maior parte das pessoas não é sensível aos diferentes tipos de letra e parte do principio que estas sempre existiram... Ninguém se lembrará que foram desenhadas e produzidas por alguém e que há muitas horas, meses, anos de trabalho envolvido.

TPG - Você está envolvido com algum novo projeto? Quais são seus planos para o futuro em relação à XBOLD?
HD -
Tenho muitos projectos para terminar, alguns a começar e alguns que ainda não comecei por falta de tempo...
Gostava de terminar alguns dos meus outros projectos de "Blackletters". Estou a acabar a família tipográfica "Kampen" (para tipografia editorial) que comecei em Haia e que deverá ser distribuída no futuro também pela Village, é uma família extensa com versão serifada e não serifada.

Comecei recentemente o primeiro de alguns projectos de recuperação de tipos antigos (será arqueologia tipográfica?), estou a digitalizar um tipo de letra que encontrei num livro português de 1797, impresso numa "Typografia Rollandiana" em Lisboa. É um tipo barroco (possivelmente mais antigo que a data de impressão do livro), e têm curiosidades, sobretudo á nível de diacríticos.

Tenho também em minha posse um livro impresso em Amsterdam datado de 1690 cujo tipo utilizado foi identificado pelo designer holandês Fred Smeijers (meu ex-professor) como sendo de Pierre Hautain, um francês que trabalhou nos países baixos no séc. 16 e de quem ele fala no seu livro: Counterpunch. Um futuro projecto será recuperar esse tipo de letra - tanto quanto sei não existem versões digitais dos tipos do Pierre Hautain.

TPG - Em 2006 a ATypI estará em Portugal. Quais as suas expectativas para esse evento?
HD - Espero que faça sair mais designers portugueses/lusófonos - não faço idéia se há alguém na África lusófona envolvido no desenho de tipos - do anonimato, seria uma boa oportunidade de criar colaborações entre designers lusófonos (já que na ortografia não há entendimentos) para defesa e desenvolvimento da língua escrita, discussão de problemas específicos da língua, etc.

Por exemplo: há uma medida antiga de medida de vinho e azeite utilizada em Portugal e Espanha chamada "Arroba" cujo símbolo é muito semelhante ao do "@", ora existem muitos desenhos contemporâneos cujo "@" é representado pelo símbolo da "arroba" e o nome "arroba" é utilizado geralmente para descrever um "@"...

Podia-se também - e isto faz muita falta - fazer uma compilação de termos utilizados no design e na tipografia em português e fazer um dicionário tipográfico, por exemplo. O Brasil está mais adiantado, a indústria editorial é maior, pode editar livros considerados pelas editoras como "de risco", como livros sobre tipos/tipografia (refiro-me a edição brasileira do "Elements of typographic Style”), mas não deixa de ser uma tradução de um livro estrangeiro e terminologia inglesa.

Há muito trabalho para fazer e esta é uma oportunidade para discutir idéias, espero que não passe ao lado dos designers portugueses, brasileiros, da África lusófona, e que seja mais um encontro das mesmas pessoas que geralmente estão presentes nas conferências da Atypi e que vêm para passar umas férias ao sol e ver amigos e colegas (o que acontece geralmente...).

E claro, colocar os designers portugueses em destaque, mostrar o que se faz em Portugal.

TPG - Como você observa o cenário tipográfico em Portugal? Você acredita que economicamente, a tipografia pode ser viável em países com pouca tradição tipográfica, como o Brasil e Portugal, por exemplo?
HD - Em Portugal os designers são mal pagos (ou pior pagos que no norte da Europa, por exemplo) e pouco respeitados.

Os designers tipográficos estão em ainda pior posição porque a sensibilidade para o assunto é muito pouca por parte da maioria dos clientes. Não é que nos outros países isso não aconteça, mas há uma abertura maior a idéias como, por exemplo: integrar um tipo de letra numa identidade corporativa (e ser pago por isso...)

Para a situação mudar é preciso mudar a maneira como as pessoas são educadas, desde a educação visual até a aprendizagem da escrita. Só quando se criar uma consciência critica destes assuntos no público em geral e um reconhecimento do trabalho envolvido, podemos realmente começar a ser pagos e reconhecidos pelo nosso devido valor (ou o valor do trabalho).

TPG - Palavras Finais.
HD - Apenas gostava de chamar a atenção ao potencial dos 250 milhões de pessoas que fala português (quase 190 milhões só no Brasil), e ao mercado enorme existente no mundo lusófono. Em vez de nos anglo-saxofonizarmos, podíamos unir esforços e pressionar no sentido de melhorar a língua escrita, exigir literatura especializada em português (ou cria-la).

E outros problemas de que falo nas respostas anteriores. É uma idéia que podia ser explorar em Lisboa este ano.


Links relacionados:
ESAD
Underware
KABK
XBold

11 janeiro 2006

Convite

Entre os dias 27 de setembro e 1º de outubro, o circo da AtypI vai armar suas tendas em Lisboa - Portugal, para a 50ª edição do tradicional e concorrido congresso da Associação Tipográfica International - ATypI. Sob o tema 'Typographic Journeys'.

Ainda é muito cedo para notícias mais detalhadas sobre o evento. Mas o Tipograficamente está articulando com alguns parceiros, o envio de informações em primeira mão sobre o que está acontecendo nos bastidores da organização do congresso.

Decidi então inaugurar este cardápio de posts, com a primeira peça lançada oficialmente para a divulgação do evento: O convite (guardado em meu acervo tipográfico). Atenção para a fonte de texto 'Stella', desenhada pelo typedesigner e Delegado da ATypI para Portugal, Mário Feliciano. A fonte que escreve o nome da Associação é a 'Litteratra' de Karsten Luck. Ambas são distribuidas pela recém criada fundição coletiva, Village.

Em tempo. Quem aí está se programando para fazer essa 'Viagem Tipográfica' à Lisboa? .

Links relacionados:
ATypI
Secretonix
Village

05 janeiro 2006

Tiypo

Tiypo é o nome de uma revista mexicana - claro, sobre tipografia - que está no oitavo número. Sua proposta principal é oferecer um espaço de valorização e exposição de trabalhos da nova safra de tipógrafos mexicanos.

A revista tem um site - desatualizado - que apesar disso possui um acervo bastante interessante, como um link com projetos tipográficos e que tem trabalhos de figuras conhecidas como Gabriel Martinez Meave e Jorge Alderete (tive a oportunidade de receber material promocional de ambos). Um outro link com artigos e entrevistas com Rubén Fontana (TpG), David Berlow (Font Bureau), Andy Cruz (House Ind), Typerware, etc. Além da cobertura de alguns eventos tipográficos que aconteceram naquele país.

Me comuniquei com um dos editores, o Héctor Oca várias vezes, obtive respostas e a promessa de que receberia os exemplares da revista, mais até hoje estou aguardando. Será que alguém no Brasil tem um exemplar da Tiypo?! De qualquer forma vale a pena a visita ao site. Aqui está o link.

04 janeiro 2006

Os dezessete mandamentos

Conselhos de quem chegou lá:

Estou escrevendo uma matéria na Tupigrafia sobre a KABK e a minha história toda mais ou menos até conseguir a vaga ... correndo atrás de bolsas que não rolaram, ao todo foram três anos de ralação, muita dor de cabeça em trabalhos que não deram certo, outros que foram muito bons... contatos com pessoas diferentes, viagens até conseguir a meta. Qualquer um tem condição de se jogar numa viagem, tem que ter força de vontade e acreditar na meta... essa lista é um bom começo, mas ela não é restrita ou uma verdade absoluta, cada um tem uma realidade... mas pode ajudar a rapaziada que tem vontade de estudar fora por conta própria...


1. Trabalhe em casa e sozinho / não trabalhe em estúdios de design (galera de Sampa... more perto do trabalho se não der para trampar em solo)
2. Dividir a grana em 3 (pagamento, lazer - praia, tipo levar 10 reais, e poupança)
3. Não junte em Real, junte na moeda do país de escolha, juntou um pouco...compre...Não compre em bancos!
3.1. Se quiser juntar em real, aplique a grana, não deixe parada.
4. Esqueça coisas básicas como cinema, teatro, comer fora...se não der...tipo 1 vez por mês...
5. Trabalhe com produtores gráficos, cobre a produção!
6. Esqueça fins de semana (só não perdi minha mina pq ela veio comigo! hehehe)
7. Mande seu trabalho para o exterior sempre, não fIque no local mas no global, especialmente pq vc quer viajar!
8. Pesquise dentro das associações de designers do país de escolha AIGA no US por exemplo / BNO na Holanda / ICOGRADA, etc
8.1. Arquive os endereços e contatos dos designers / Faça uma agenda com todos os contatos (designers / fotógrafos / produção / arte / etc)
9. Faça um livro de ouro, entrada / saida (controle a grana neuroticamente)
9.1. Faça balanços semanais, mensais, anuais!!!! (PRINCIPAL!)
10. Faça um site e faça cartões de visita (não gaste grana com besteira, o retorno precisa ser imediato!)
11. Mande promos para designers do país escolhido (mandei 60 promos para a Holanda)
12. Faça o melhor portfolio possivel para mandar para as escolas... invista nisso!!!!!
13. Não compre moeda estrangeira em bancos. (de novo heheheh)
14. Jan e Fev, são naturalmente fracos de grana, produza trabalhos experimentais e pessoais, mostre isso!!! não esconda a produção!
15. Coma em casa! Faça em casa o rango se vc trampa fora!
16. Troque trabalho com parceiros.... estabeleça uma redes de contatos entre amigos... tempo é grana e trabalhar com que vc confia significa salvar grana e evitar erros.
17. Tente resolver tudo sozinho... tome decisões, arrisque-se!

acho que é mais ou menos isso o começo, é hard mas vale apena. É garantido!!!!!!

Yomar

Muchachos

Alguns brasileiros afortunados deixaram o país e foram em busca de um conhecimento mais 'sólido' sobre tipografia e, desembarcaram na Europa para estudar em universidades conceituadas por onde já passaram grandes nomes dessa nova - ou quase nova - geração de typedesigners. Reading, ANRT, KABK já fazem parte dos planos de estudo daqueles que desejam uma aproximação acadêmica em relação às letras.

Sabe-se que alguns pré-requisitos são fundamentais na hora de partir para uma jornada como essa - recursos financeiros e domínio da língua inglesa são os mais importantes. Marina Chaccur, Yomar Augusto e Eduardo Berliner aproveitaram a oportunidade.

No entanto, estão começando a surgir alternativas que podem ser mais atraentes para aqueles que não desejam ou não tem condições para estarem tão longe do Brasil na hora de fazer um upgrade nos estudos acadêmicos. O Gestalt - Centro de Estudos baseado em Vera Cruz no México, está oferecendo o curso de Mestrado em Design Tipográfico, e tem entre seu corpo docente nomes de peso no cenário tipográfico como: Gabriel Martinez Meave da Casa Tipográfica Kimera e Alejandro Lo Celso da Pampa Type. Aqui tem um
link para você saber mais.

02 janeiro 2006

Presentes tipográficos

A tipografia é uma área do conhecimento humano que se atreve a invadir outras áreas não menos complexas e, para quem faz uma aproximação séria dessa arte/ciência que tem uma tradição estabelecida de aproximadamente 500 anos, estudar é no minímo uma obrigação. Fiz algum investimento financeiro em livros sobre o tema - detalhe: o retorno é 101,5% garantido.

Quero destacar o título
'Elementos do estilo tipográfico' de Robert Bringhurst. Esse livro deu-me uma nova visão a respeito das letras e uma confirmação a respeito do que eu já sabia: os detalhes fazem toda a diferença. É óbvio que esse comentário não tem nada a acrescentar, afinal, o genial Hermann Zapf decretou: "Que esse livro seja a bíblia dos tipógrafos..."Mas fica aqui o registro de que ese livro é indispensável em uma biblioteca tipográfica que se preze.

Um outro livro com o qual me presenteei neste final de ano foi o
'Counterpunch' do tipógrafo Fred Smeijers, criador da Quadraat e sócio da OurType - o livro está a caminho, e vai ser extremamente útil para futuros projetos tipográficos. Em breve estarei publicando alguns posts sobre livros de tipografia. Aguardem!