22 dezembro 2005

Entrevista com Fábio Lopez - Parte I

Pedi ao Fábio que tivesse um "certo poder" de síntese. O que - felizmente - não aconteceu! Então tive que dividir a entrevista para que ela não sofresse nenhuma censura. Vão ser três posts: dois blocos com 5 e 1 extra - polêmico; bem ao gosto do nosso entrevistado. Esse deve ser - a priori - o último post do ano e, em 2006 re-começamos com a entrevista do português Hugo d´Alte. Até lá!

TGM - Em que momento e por que você começou a se interessar por tipografia?
FL - Sempre gostei muito de desenhar letras, antes mesmo de saber o que era tipografia. Mas na faculdade, quando estava no terceiro ano da Esdi (98), eu achei muito interessante saber que era possível e relativamente simples desenvolver uma fonte de computador. Junto com outros cinco colegas de turma percebemos que desse interesse comum poderia surgir alguma coisa, e criamos o coletivo Fontes Carambola. Tínhamos aula com o Rodolfo Capeto e era comum ficarmos depois da hora tirando dúvidas e conversando sobre tipografia. Foi um período muito produtivo e estimulante. Nos encontros do grupo, debatíamos e discutíamos de tudo – até tipografia. Chegamos a montar um portfólio com quase 50 fontes exclusivas que durante o NDesign de Brasília foram vendidas entre uma palestra e uma noitada. Quando o negócio começou a ficar mais sério, as diferenças passaram a dividir o grupo e resolvemos manter as amizades desfazendo o negócio.

TGM - Fale sobre o projeto Colônia.
FL - No ano em que me formei na Esdi (2000), o tema geral dos trabalhos de graduação era ‘transmissão de conhecimento’. Meu trabalho consistia na criação de uma espécie de manual de construção, procurando abordar de forma razoavelmente profunda diversos aspectos da criação de uma fonte de texto. Para ilustrar o projeto, peguei uma fonte de minha autoria e a reconstruí totalmente, analisando e ilustrando cada fase do processo. Aplicando de forma prática uma série de valores e parâmetros técnicos, acreditava que estava facilitando enormemente a compreensão dos dados coletados na extensa pesquisa bibliográfica.

Dessa forma, colônia pode ser compreendida como a parte prática do meu projeto de graduação. A fonte em si é um trabalho interessante, mas sua importância maior reside em ter sido um laboratório de tipografia – servindo ainda hoje como um bom ponto de partida para analisar aspectos funcionais e técnicos de uma fonte de texto. Em 2003 realizei algumas modificações e ampliei a família. A fonte participou ainda de diversas mostras e publicações e foi destaque da bienal de design gráfico da ADG.

TGM - Qual o seu método de trabalho no desenvolvimento de um projeto tipográfico? Qual a melhor e a pior parte do trabalho?
FL - Cada tipografia nasce de um processo distinto, mas até hoje meus trabalhos tiveram origem 100% digital. Nunca derivei um projeto de formas desenhadas ou caligrafadas, e embora muitos considerem isso menor ou inadequado, eu discordo profundamente. Excelentes projetos já nasceram de ferramentas mais simples e não acho que trabalhar diretamente no computador seja um aspecto limitador nesse processo. Com certeza a geometria e o acabamento regular acabam sendo aspectos presentes na criação dos projetos, mas se essa é a estética que você deseja nos seus trabalhos – regularidade, limpeza e equilíbrio – isso não é de forma alguma um problema. Para tipografias de texto essas características têm que ser compensadas com balanço e contraste, para não acabar empobrecendo a composição tipográfica.

O resultado final, no entanto pode depender mais do acabamento técnico da fonte do que do processo de criação, fazendo com que a origem do projeto não seja um aspecto fundamental de sua eficiência. Sobre a melhor e pior parte... Acho que a pior parte é o momento de aparelhar o alfabeto criando sinais, diacríticos, pontuação e etc. Não é raro você se deparar com problemas bastante complicados nessa fase, perdendo três ou quatro vezes o tempo que gastou numa letra resolvendo as curvas de um sinal que pouco será usado. Já a melhor parte acho que é quando se está testando as letras recém-criadas, compondo as primeiras palavras e frases. Muitas vezes nessa etapa nascem expressões curiosas e estranhíssimas, como bolhas de pijama, xenofobia carioca, azeite azul e etc. rs...

TGM - Porque uma revisão de um clássico como a Futura de Paul Renner? Quais foram os objetivos que nortearam o projeto “Futura Renew”?
FL - O projeto nasceu ainda na Redley, como uma espécie de desafio tipográfico. Trabalhando exclusivamente para um público jovem, às vezes é bem difícil encontrar espaço para aplicar tipografias mais clássicas – por uma simples questão de adequação. Entretanto eu me divertia tentando enfrentar certos preconceitos tipográficos, fazendo com que uma boa dose de conhecimento técnico e criatividade pudessem transformá-las novamente em ferramentas úteis. Conhecendo a fundo a estrutura das letras eu realizava pequenas operações plásticas, adaptando as fontes aos objetivos do trabalho.

A Futura já estava com poeira – há anos que nunca havíamos feito nada com ela. A partir de uma análise detalhada de sua estrutura, procurei identificar alguns pontos que prejudicavam sua utilização num contexto mais atual e alterá-los. Acho o resultado muito feliz, porque a fonte modificada foi capaz de conservar a elegância do projeto original e ainda aproximar a tipografia de uma estética mais contemporânea. Embora seja uma alteração não autorizada, é um trabalho respeitoso e sem finalidades comerciais. Revitalizar um clássico como a Futura não deixa de ser uma espécie de homenagem, reconhecendo a importância da fonte na cultura visual do século XX.

TGM - Qual a importância de ter um trabalho selecionado – a Ryad – na mostra 'Letras Latinas'?
FL - Eu fiquei muito feliz. A Ryad é um projeto acadêmico experimental desenvolvido a partir do meu interesse por alfabetos não-latinos. Faz parte de um pacote étnico formado ainda por uma fonte de aparência tailandesa e outra tibetana, que também estiveram presentes na mostra. Com um texto árabe em mãos, comecei a selecionar letras que se pareciam com formas latinas e fui compondo o mapa de caracteres da fonte. O resultado é muito interessante, porque como eu utilizei formas originais do árabe, a emulação fica muito convincente. A leitura se transforma numa espécie de jogo, cujo objetivo é decifrar o texto numa língua um tanto quanto exótica e misteriosa. Além de ter sido destaque na mostra letras latinas, esse trabalho foi comentado na revista TipoGrafica, pelo mestre argentino Rubén Fontana, e foi convidado a figurar na mostra Catalysts! que aconteceu junto a Bienal Internacional de Design de Lisboa, neste ano.

Entrevista com Fábio Lopez - Parte 2

TGM - Fale-nos sobre a experiência de palestrar nas duas edições do DNA Tipográfico.
FL - O DNA Tipográfico foi o primeiro congresso de tipografia realizado no país, transformando-se numa espécie de marco da atividade no Brasil. Até então, várias pessoas se interessavam pelo assunto, mas poucas se conheciam e elas quase não se encontravam. O evento conseguiu reunir um grupo considerável de profissionais relacionados à atividade, funcionando como um grande cartão de visitas, pontuado por reflexões, trabalhos profissionais e experiências pessoais. A partir daí, vários projetos ganharam corpo e criou-se uma espécie de comunidade tipográfica – algo que ainda não existia por aqui. Eu apresentei meu trabalho de graduação e o projeto colônia, e fiquei muito satisfeito pelo retorno que tive, principalmente de alguns estudantes que naquele momento estavam se formando com projetos de tipografia. Um dos objetivos da palestra era demonstrar a profundidade da pesquisa realizada, apresentando a colônia como um laboratório de experimentação tipográfica.

O segundo DNA foi um evento ainda maior, pois além de reunir e ampliar o grupo do primeiro congresso, trouxe alguns excelentes tipógrafos latino-americanos para dividir suas experiências e realidades profissionais. Além da troca internacional, o congresso apresentou a tipografia num nível secundário de discussão, com diversas palestras focando aspectos críticos, educacionais e profissionais da atividade. Dessa vez, apresentei alguns projetos criados com exclusividade para a Redley durante o desenvolvimento das coleções da marca. O objetivo era demonstrar como o conhecimento tipográfico aplicado era capaz de funcionar como uma ferramenta estratégica, criando um design diferente e original.

TGM - Como você vê o cenário tipográfico brasileiro atualmente? Quais as suas expectativas para esse mercado no Brasil?
FL - A produção de fontes digitais tem crescido bastante, mas ainda permanece muito restrita a pequenos guetos acadêmicos, com um potencial de mercado ainda muito pouco desenvolvido no país. Estamos tentando criar um nível de especialização similar ao padrão internacional, mas esquecendo que antes disso precisamos despertar o interesse da sociedade pelo que fazemos – criando uma cultura tipográfica que ainda não existe. Discutir a atividade apenas por seu aspecto técnico é uma atitude elitista e transforma a tipografia numa área desinteressante e estéril.

Esse comportamento acaba funcionando como um dos maiores agentes de isolamento, e não contribuem em nada para ampliar o reconhecimento e o respeito pela atividade. Precisamos atrair o interesse de um público maior de designers e outros profissionais de comunicação, reduzindo o aspecto tecnocrata e academicista da atividade para inseri-la num contexto mais amplo e acessível. O diálogo com outras áreas do design é a melhor forma de criar demanda por novos trabalhos. Precisamos mostrar que a tipografia não é um prêmio para olhos eruditos, mas uma ferramenta básica e fundamental do design gráfico e da comunicação de massa. Não estamos acostumados a fazer isso. É preciso trocar o desejo de reconhecimento individual pela estratégia de capacitação coletiva, orientando os esforços para que a tipografia seja reconhecida também como uma importante atividade comercial.

A animação e a ilustração, por exemplo, romperam essa barreira e hoje em dia encontram-se em situação muito mais confortável que a tipografia. Existe demanda e gente vivendo disso. Enquanto a tipografia continuar a ser encarada como uma área de exibicionismo tecnológico, o tipógrafo vai continuar reclamando da inexistência de um mercado interno bem desenvolvido, da falta de respeito pela atividade e da baixa remuneração pelo que faz.

TGM - Quais os caminhos que o Brasil vai ter que trilhar para ocupar um espaço confortável no cenário tipográfico mundial?
FL - Reconhecimento internacional é conseqüência da criação de uma tradição de qualidade e respeito, e isso se faz através da consolidação de uma cultura tipográfica local, não através de prêmios e aval internacional. Precisamos de livros, pesquisas, palestras e congressos.

TGM - Quais são seus planos na área tipográfica? Por que você ainda não comercializa suas fontes?
FL - Quero continuar estudando, produzindo e dividindo o que aprendi. Estou começando em março meu mestrado na Esdi e tenho planos de dar aula, mas não gostaria de isolar a tipografia como um conhecimento específico. No lugar de comercializar as fontes, prefiro comercializar o conhecimento e vender tipografia sob encomenda. Uso meus trabalhos como cartão de apresentação e material de estudo.

TGM - Palavras Finais.
FL - Tipografia: não compre, plante.

Links relacionados:
- Rodolfo Capeto
- ESDI
- Letras Latinas
- TipoGráfica

Entrevista com Fábio Lopez - Extra

TGM - Pirataria de fontes; qual sua opinião sobre esse tema polêmico.
FL - O agravamento da pirataria é um fenômeno que deriva de transformações recentes, principalmente de ordem tecnológica e macro-econômica. Sem entender isso é impossível levar essa discussão adiante e aprofundá-la de maneira correta. A tecnologia digital foi desenvolvida para ser facilmente armazenada, reproduzida, transportada e modificada. Por esse aspecto, foi extremamente eficiente na tarefa de baratear custos em diversas áreas da cadeia produtiva, reduzindo quase a totalidade diversos gastos com produção e comércio. Entretanto, para que a industria pudesse se beneficiar dessa nova tecnologia, ampliando seus lucros de forma extraordinária, foi preciso transformá-la rapidamente num padrão acessível e democrático, o que acabou trazendo também conseqüências negativas ao grande capital. Ao permitir que equipamentos caseiros fossem capazes de manipular essa tecnologia (reproduzir, modificar e transportar arquivos), a indústria tradicional acabou fragilizando o monopólio que possuía sobre os meios de produção e conseqüentemente de acumulação de capital. (algo que deixaria Marx satisfeito em saber...) Já a indústria da pirataria encontrou nas possibilidades democráticas da tecnologia digital uma grande oportunidade.

Paralela a essa grande revolução tecnológica, a política macro-econômico de abertura comercial imposta pelos países ricos agrava a situação nas nações em desenvolvimento, fazendo com que a pirataria e outras práticas comerciais questionáveis funcionem como soluções ou agentes de equilíbrio. Numa situação absurda e covarde de desigualdade econômica gerada pela criação de um mercado globalizado, tais práticas acabam se tornando padrões de mercado, normais e até aconselháveis em alguns casos (como por exemplo na quebra das patentes em relação a remédios contra aids). Tudo isso, acaba contribuindo enormemente para o surgimento de mercados alternativos de consumo, deteriorando principalmente relações de respeito a aspectos imateriais da produção, como direitos autorais e propriedades intelectuais.

Entretanto, diferente do que podem pensar americanos e europeus, nos países em desenvolvimento a pirataria não é vista como um problema - mas como solução. Nesse momento, a grande indústria tenta defender seus interesses e restabelecer regras de mercado que lhes beneficie, exigindo principalmente dos governos dos países em desenvolvimento (onde o problema é mais grave) uma atitude de repressão e punição – o que não funciona e ainda piora a situação marginalizando de vez o mercado paralelo. O Estado deveria trabalhar não apenas em favor da indústria internacional, mas em favor da própria soberania, desenvolvendo alternativas nacionais ao monopólio tecnológico dos países ricos, patrocinando e incentivando a criação de pólos locais de produção intelectual e tecnológica. (como fez a Índia em relação ao desenvolvimento de softwares) entretanto, preferem contabilizar apenas o prejuízo gerado pela redução na arrecadação de impostos, ignorando um prejuízo muito maior causado pela dependência estratégica de seu mercado interno.

No caso específico da tipografia, o principal fator capaz de reverter esse quadro não depende exclusivamente da indústria e de seu questionável código de ética, mas do respeito, do reconhecimento e da qualificação construída pela própria classe profissional. Enquanto continuarmos a repetir um discurso vazio e corporativista, não estaremos propondo nenhuma solução melhor para o problema. Ao engrossarmos de forma inocente o coro antipirataria da indústria tipográfica internacional, estaremos dedicando esforços para proteger uma realidade comercial que também não nos beneficia. A maioria das empresas de tipografia (software e produtos) não tem políticas de estímulo aos mercados emergentes, estabelecendo seus preços de acordo com padrões internacionais completamente fora de nossa realidade econômica. É nosso dever tornar claro à sociedade que a tipografia não deve ser respeitada apenas por leis comerciais, mas pelo seu valor cultural, pelo seu conteúdo técnico e pela sua capacidade estratégica como ferramenta de comunicação. Antes de cobrar respeito e responsabilidade, precisamos desenvolver um trabalho de educação e informação.

17 dezembro 2005

Entrevista com Gerard Unger

Calma! Não é uma entrevista do Tipograficamente com o Gerard Unger. Infelizmente!

Mas, peguem aqui um arquivo em .pdf (acrobat reader) de uma entrevista concedida ao Departamento de Estudos Tipográficos - DET da PUC/Chile.

Los hermanos

O cenário tipográfico no Chile tem sido marcado por uma série de iniciativas que resultaram em alguns bons projetos. Destaque para o site (desatualizado) do Tipografia.cl, que na sua versão 3.0 (Março/Abril 2002) mostrou ao mundo a produção tipográfica de nomes como: Francisco "Pancho" Galvéz (fontes Elemental e Australis), Rodrigo Ramirez (IndoSans), Miguel Hernández (Fundamental), entre outros. Em seguida foi lançado o site (desatualizado) do Departamento de Estudos Tipográficos - DET da PUC/Chile, que convidou dois tipográficos mundialmente reconhecidos, Gerard Unger e Alejandro Lo Celso para conduzirem workshops e conferências respectivamente. O tom desse movimento tem sido o das ações coletivas que potencializam os resultados em curto espaço de tempo - não cabendo aqui questionar a qualidade final do que é produzido.

As consequências: (1) Emersão da cultura tipográfica no país, (2) Colocou o Chile no cenário tipográfico mundial, (3) Participação na construção da bienal "Letras Latinas", (4) Premiações internacionais: Francisco Galvéz (Australis - Golden Prize no Morisawa 2002) e (Elemental -Altazor 2002).

Novos coletivos estão surgindo com o mesmo propósito de difundir e estimular a produção tipográfica entre os designers chilenos. Entre eles, destaco, a Cooperativa de Fundicion Tipografica e o Cuática - um tanto imaturos, com fórmulas já usadas, mas são bacanas as iniciativas.

Conclusão: precisamos estimular - ainda mais - as iniciativas individuais e coletivas na cena tipográfica brasileira. Tenho dito!

15 dezembro 2005

TipoGráfica

Essa revista - editada por Ruben Fontana - é uma referência para aqueles designers e typedesigners que além de gostarem de ver 'figurinhas', também apreciam matérias que ajudam a pensar. Tenho dois números da TpG. No número 58 destaco as matérias: "Notas sobre la tipografia en chile" e "Mariposas en libertad"; esta última sobre o trabalho tipográfico de Luis Siquot, que esteve no DNA2. Já na edição número 63, destaque para "El rediseno de los clásicos: Matthew Carter y la interpretación de los modelos históricos" editada por James Mosley. Essa matéria é simplesmente fantástica! Apresenta a trajetória do Senhor Carter desde a época das matrizes tipográficas em chumbo aos outlines do fontographer. A Tipográfica está na edição 69.

13 dezembro 2005

Elementos de estilo tipografico x web

Devido a sua importância o renomado designer Hermann Zapf chegou a declarar: "Espero que este livro venha a se tornar a Bíblia de todos os tipógrafos".

Richard Rutter adotou a 'Bíblia' para analisar, e propor "regras" tipográficas para projetos de webdesign. Colocou o resultado desse estudo no site webtypography.net

O meu exemplar de 'Elementos...' deve estar chegando hoje. Já que terei alguns dias de recesso no trabalho, vou aproveitar para ler a 'Bíblia'.

09 dezembro 2005

Ainda os pixels

Rafael Neder desenvolveu um projeto de fonte 'pixelada' durante um workshop - conduzido por Tony de Marco (Tipografia Modular) - que foi batizada aquela altura de 'Neder:Pixeleite'. Rafael decidiu ajustar o set tipográfico e colocou na rede um minisite onde apresentou o seu projeto à comunidade tipográfica, permitindo até o download gratuito da fonte, na sua versão beta. O projeto foi colocado sob apreciação na typefoundrie T26 - leia-se Carlos Segura - e acabou sendo incorporada ao portfolio da editora, agora com o nome de pixeleite.

Um belo exemplo de dedicação que acabou tendo um desfecho bastante positivo; ter a fonte incluida numa das mais conceituadas typefoundries do mundo!

Links relacionados:
- Rafael Neder
- T26

08 dezembro 2005

Pixels

A Atomic media é uma typefoundrie especializada em fontes 'pixeladas'; e está lançando um novo pacote, chamado 'electrapak'. Um projeto extenso, contendo as fontes: Magnetica, Imperium, Ratio, Sequence e Tempora. O projeto é do typedesigner Matthew Bardram, que é um dos designers mais produtivos e criativos da foundrie. Vale a visita.

07 dezembro 2005

O velho

Carter and Cone Type na rede. Coming Soon.

03 dezembro 2005

Fonte - Tibor (?)

Estou começando um novo projeto tipográfico. Uma fonte serifada, na qual estou trabalhando a alguns dias. O meu primeiro set está sendo desenvolvido em meu 'home office' e, a "Tibor" no meu trabalho (após o expediente!). Ainda está numa fase bastante inicial, mas, críticas, sugestões e comentários serão bem vindos!

Tipo-Q

Iñigo Jerez da Textaxis, foi o vencedor do concurso internacional de tipografia "Del Quijote - Tipo-Q" promovido pela Fundación Centro Regional de Diseño de Castilla-La Mancha, em homenagem ao IV centenário de publicação da revista "El Quijote". Como prêmio, além do reconhecimento, um cheque de 6.000,00 euros - belo presente de natal, hein?. Sem levar em conta que o concurso pareceu-me - naturalmente - tendencioso, o projeto tem muitos méritos.

Links relacionados:
- Textaxis

- CLMDiseño

Entrevista #3

Terceira entrevista do Tipograficamente confirmada. Hugo d´Alte da XBold, (outro) tipógrafo português. Em dezembro.

Tupigrafia 5

Ontem recebi a edição número 05 da revista Tupigrafia. Das matérias à impressão, tudo feito com criatividade e amor ao ofício gráfico e tipográfico. Mas o que me chamou a atenção foi sem dúvida o encarte sobre a Oficina Tipográfica São Paulo; impresso no antigo sistema de impressão tipográfica com composição feita numa Linotipo. Além disso, mais dois cartões de visita para minha coleção: um da Oficina Tipográfica e outro da Tupigrafia.